sábado, 9 de outubro de 2010

O TRIUNFO DO CRISTIANISMO


O filósofo francês Voltaire se orgulhava da sua total falta de fé. Sempre que podia, criticava os seguidores de Cristo. Referindo-se aos apóstolos, ele disse: “O cristianismo foi estabelecido por doze pescadores ignorantes. Eu mostrarei ao mundo como um único filósofo francês será capaz de destruí-lo”.

O general Lewis Wallace zombava dos cristãos, afirmando que eles criam num Deus morto. Certo dia, encontrando-se com um cristão, disse: “O cristianismo é uma invenção humana. Vou provar para todos, num livro que irei escrever, que Jesus nunca existiu”.

Também o imperador romano Deocleciano julgava ter o poder de destruir a religião cristã. Depois de matar milhares de cristãos durante uma violenta perseguição que promoveu contra a igreja, ele achou que havia exterminado os cristãos. Por isso mandou erguer um monumento, no qual escreveu: “Extinguiu-se o nome cristão”.

Mas será que estes homens conseguiram mesmo extinguir o cristianismo e acabar com a religião cristã?

Estima-se que existem hoje no mundo mais de um bilhão de cristãos. E o que é feito de Voltaire, de Lewis Wallace e de Deocleciano?

Voltaire, o homem que se arrogou a capacidade de destruir o cristianismo, acabou morrendo em agonia e desespero. Vinte e cinco anos depois da sua morte, um grupo de cristãos comprou a casa onde ele viveu e instalou ali um depósito de Bíblias, que, mais tarde se tornou numa Sociedade Bíblica.

Lewis Wallace, que prometeu escrever um livro desmascarando o cristianismo, regressou convertido da Terra Santa, para onde fora em busca de provas da inexistência de Cristo; e acabou escrevendo a famosa obra “Ben-hur”, na qual exalta a religião cristã.

E Deocleciano, que achava ter acabado com os cristãos, morreu como qualquer outro mortal. O seu nome é hoje lembrado por causa das atrocidades que praticou.

Verdadeiras são as palavras de Paulo, citando o profeta Isaías: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos entendidos. Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?” (1 Coríntios 1.19,20). E o apóstolo Pedro acrescenta: “Todos os seres humanos são como a erva do campo e a grandeza deles como a flor da erva. A erva seca e as flores caem. Mas a palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pedro 1.24,25).

Nós, seres humanos, somos passageiros e mortais. Só Deus é eterno. Porém há uma maneira de tornarmos imortais e eternos: crendo na infalível Palavra de Deus, que nos aponta Cristo como o caminho, a verdade e a vida – somente através de quem podemos nos aproximar de Deus e alcançar a vida eterna. Diz Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). E o apóstolo Pedro acrescenta: E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).

Confiemos, pois, nesta palavra e herdaremos a vida eterna.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil

sábado, 25 de setembro de 2010

FIDELIDADE


Corria o ano 155 da era cristã. Um velhinho, de cabelos brancos, com 87 anos, está perante o juiz, acusado de um grande crime: ser cristão. Seu nome é Policarpo.

O juiz, quando vê aquele homem tão idoso, fica com pena dele. Sabia que Policarpo era um homem de bem e não achava certo queimar uma pessoa assim no fogo. Por isso procurou ser bondoso para com ele. Sugeriu que ele negasse a Cristo por apenas alguns instantes, que ele o soltaria.

A esta sugestão carnal Policarpo respondeu: “Oitenta e seis anos servi ao Senhor e ele nunca me fez mal. Como posso agora negar o meu Salvador e blasfemar contra ele, ele que me salvou?”

E, quando o juiz, irritado, ameaçou jogá-lo no fogo para fazer medo nele, Policarpo respondeu: “Não tem problema, pode me jogar no fogo, se quiser. Mas não se esqueça de um outro fogo que irá atormentar o seu espírito eternamente”. E Policarpo morreu queimado. Hoje ele está no céu com Jesus.

Policarpo foi apenas um dos muitos que foram mortos, queimados no fogo. Além dele, milhares de outros foram perseguidos e mortos. E foi para fortalecer a fé dessa gente que Cristo mandou escrever o livro de Apocalipse, no qual encontramos as seguintes palavras: “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida eterna” (Apocalipse 2.10).

Essa mesma exortação é dirigida também a nós cristãos do século 21: jovens, velhos, crianças e adultos. Hoje não sofremos perseguições como nos tempos bíblicos. Ninguém de nós ainda foi preso por causa de sua fé. Mas nem por isso podemos ficar despreocupados. Hoje os perigos são outros.

Naquela época as perseguições visavam a vida da pessoa, matava-se o corpo. Hoje mata-se a alma. E a grande arma de Satanás é a sedução. Ele oferece a todos prazeres, vida fácil, solução para os seus problemas através da macumba, droga e feitiçaria. E, depois, quando a pessoa vai na sua conversa, ele exige a sua alma. Por isso a Bíblia nos adverte dizendo: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar. Resisti-lhe firmes na fé” (1 Pedro 5.8,9).

Quando Deus nos adverte contra os perigos do mundo, ele não está querendo o nosso mal, mas sim o nosso bem. Deus não é o tira-prazer de ninguém. Deus quer apenas a nossa felicidade eterna.

Muitas pessoas, quando ouvem falar de Cristo, o seguem com muita alegria. Mas com o passar do tempo vão se envolvendo com o mundo e perdem a sua fé. Quantas pessoas já não foram membros ativos na congregação, se deixaram levar pelo mundo e hoje não são nada. Isso acontece na nossa igreja, acontece nas outras igrejas e aconteceu também nos tempos bíblicos.

Não basta apenas se tornar cristão. É preciso continuar cristão, permanecer cristão, ser cristão sempre, até a morte.

Um jovem, muito cristão, foi ao baile. Queria ver o que se fazia lá. Lá pela meia noite estourou uma briga. E ele, levado pelas más companhias, havia tomado uns goles, quis dar uma de valentão. Resultado: levou um tiro na cara e morreu. Não foi fiel, e com a morte pode ter perdido a coroa da vida eterna.

Um senhor, chefe de família, também cristão, num momento de fraqueza, se envolveu com a mulher do vizinho. Um dia ele foi pego em flagrante e morto a paulada pelo marido dessa mulher. Não seguiu a recomendação de Jesus e perdeu a coroa da vida eterna.

Outro senhor, sempre ativo na igreja, por causa de problemas pessoais, começou a se afastar da igreja. Deixou de participar dos cultos, de ir a Santa Ceia e de ler a Bíblia. Um dia, na hora do culto, em lugar de ir para a igreja, foi dar um passeio. Na volta, meio embriagado, bateu o carro, morrendo na hora. Onde está ele agora, no céu? Será que não perdeu a coroa da vida eterna?

A pior coisa que pode acontecer a uma pessoa é perder a vida eterna. É uma perda irreparável. Pior do que perder a Copa do Mundo.

Os atletas gregos, nos jogos olímpicos, se preparavam durante anos a fio para conquistar uma coroa de flores. Hoje os corredores ganham um pouco mais do que flores. Ganham uma medalha de ouro.

O prêmio que Cristo promete ao vencedor na corrida à eternidade é muito mais do que uma coroa de flores ou uma medalha de ouro. É a coroa da vida eterna, o direito de morar com ele no céu. Vale à pena esforçar, permanecer fiel, para não perder esse prêmio.

Corramos, portanto, sempre firmes em direção à vida eterna, não olhando para o que os outros falam ou dizem de nós. Olhemos firmemente para Jesus, o autor e consumador da fé, do qual depende a nossa salvação, bem como forças para chegar à pátria celestial.

Que Deus nos mantenha fiéis na fé em Cristo Jesus até à morte e nos dê, na sua graça, a coroa da vida eterna.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil



sábado, 4 de setembro de 2010

AS MÃOS


Certo político estava indo a um comício, quando o seu carro quebrou. Como não tinha outro jeito, ele mesmo teve que consertar o carro. Com as mãos sujas de graxa, ele foi ao comício. Lá chegando, foi convidado para subir no palanque e fazer o discurso.

Como era do seu costume, no meio do discurso, levantou as mãos, dizendo: “Olhem as minhas mãos. Eu sou um homem de mãos limpas. Nunca manchei as minhas mãos com nada”.

A platéia, quando viu as suas mãos sujas de graxa, começou a gritar e a vaiá-lo com toda força, pois sabia muito bem quem ele era: era um político de mãos e de alma suja.

As mãos revelam o nosso interior. Existe tudo que é tipo de mãos. Existem mãos limpas e mãos sujas. Mãos paradas e mãos ativas. Mãos vazias e mãos cheias. Mãos criminosas e mãos santas. Mãos que castigam e mãos que acariciam. Mãos que ferem e mãos que curam. Mãos que semeiam e mãos que colhem. Mãos que desviam e mãos que orientam.

As mãos. Você já parou para pensar como são importantes as nossas mãos? Quantas coisas elas revelam? A história de nossas mãos é a história de nossas vidas. Vidas que existem pelo poder criador das mãos de Deus.

Quase dois mil anos se passaram desde que o Servo do Senhor veio para servir-nos com as mãos estendidas, pregadas na cruz. O sacrifício do Filho de Deus inspira milhares e milhares de seguidores de Cristo a servirem ao Senhor e ao próximo. São mãos que não receiam calos, mãos de amor e sacrifício. As mãos cicatrizadas de Cristo atestam o seu profundo amor salvador por todos nós.

As mãos de Cristo foram afáveis sobre as cabeças das crianças que abençoava. E foram rudes quando fizeram estalar o chicote para expulsar os vendilhões do templo, que estavam fazendo da casa de Deus uma casa de negócios. Foram mãos que repartiram pão e acalmaram tempestades. Foram mãos que se deixaram pregar na cruz para nos assegurar um céu aberto e uma eternidade feliz.

Olhe as suas mãos. Examine-as. Elas vieram vazias ao mundo e vazias um dia deixarão o mundo. Qual o conteúdo delas durante esta vida? O que elas fazem e o que carregam? O que seguram e com que se ocupam?

Deus quer encher estas suas mãos com o conteúdo das mãos de Cristo. Ele quer enchê-las com seu amor, para que as suas mãos sejam mãos que se movimentam em direção à vida eterna.



Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

FALSO MORALISMO


Um pai de família, que morava num prédio de dois andares, arrendou a parte de baixo da casa para uma danceteria. Todos os fins de semana havia ali uma reunião dançante. Ele, de vez em quando descia até lá e se juntava ao grupo para também se divertir.

Certa noite, depois de se divertir um pouco, decidiu ir dormir. Mas não conseguia pegar no sono por causa do barulho lá em baixo. Ele então resolveu descer para por ordem na casa. Subiu numa cadeira e começou a falar, pedindo que se fizesse mais silêncio, pois queria dormir. Mas, em vez de silêncio, o que se ouviu foram assovios, vaias e muita gargalhada. Foi então que ele se deu conta do seu erro: havia se esquecido de colocar roupa, estava só de cueca.

Quem já não ouviu falar do moralista de cueca? Moralista de cueca é alguém que quer impor certas regras e costumes, sem que tenha moral para isso. É uma pessoa desacreditada, que diz uma coisa, mas faz algo bem diverso do que apregoa. É um falso moralismo, em que se impõe que os outros façam uma coisa, mas que eles próprios não fazem. É o tal: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.

Esses falsos moralistas estão em toda parte. Estão, por exemplo, na igreja. Muitos líderes religiosos impõem grandes restrições aos seus fiéis, proibindo-lhes quase tudo. Mas eles praticam pecados grosseiros. Volta em meia a impressa divulga casos cabeludos envolvendo algum líder religioso, como pedofilia, adultério, roubo, lavagem de dinheiro, charlatanismo, que escandalizam a sociedade inteira.

Esses falsos moralistas estão também na política, onde muitos políticos querem ser os baluartes da verdade, mas não passam de mascarados, hipócritas e fingidos. Há políticos que passam a vida toda criticando os seus adversários por fazerem isso e aquilo. Até que chegam ao poder. Então fazem a mesma coisa que eles condenavam nos outros.

Esses falsos moralistas já existiam nos tempos de Cristo. Eram os escribas e fariseus. Eles se fingiam de santos, mas praticavam coisas piores do que os outros. Cristo os desmascarou, chamando-os de hipócritas, sepulcros caiados e cobras venenosas (Mateus 23.13-28).

E Jesus, além de desmascará-los, nos ensinou como reconhecer um falso moralista: “Pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus”, diz ele (Mateus 7.20,21).

É através da vida, da conduta, que conhecemos uma pessoa. Quando alguém diz uma coisa, mas vive fazendo uma coisa totalmente diferente do que prega, esse é um hipócrita, um falso moralista. Esse tal não merece o nosso respeito.

Cuidemos, pois, com os falsos moralistas, prestando atenção não tanto ao que dizem, mas sim, no que fazem – pois, conforme diz um ditado: “O exemplo vale mais do que muitas palavras”.

Sobretudo, cuidemos para não sermos nós mesmos incluídos entre os falsos moralistas, dizendo uma coisa e fazendo outra. Para isso sigamos o exemplo de Cristo, que não apenas mandou praticar o bem, mas andou fazendo o bem a todos, especialmente ao dar a sua vida em favor da humanidade.

Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

sábado, 14 de agosto de 2010

PEGADAS NA AREIA


Uma jovem, que havia passado por grandes dificuldades, certa noite teve um sonho. Sonhou que estava andando na praia e, através do céu, passava cenas do filme da sua vida. Em cada cena que passava observou que ficavam quatro pegadas na areia: duas eram dela e as outras eram do Senhor.

Quando passou a última cena de sua vida, olhou para trás e percebeu que algumas vezes só havia duas pegadas na areia. Observou também que isso acontecera exatamente nos momentos mais difíceis da sua vida, nas horas de provação e tribulação. Desconsolada, ela perguntou ao Senhor: “Senhor, a minha vida está nas tuas mãos. Tu disseste que estarias comigo todos os dias. No entanto, tu me deixaste só nas horas em que mais precisava de ti, nos momentos mais difíceis da minha vida”.

Então o Senhor lhe respondeu: “Filha, eu nunca te desamparei. Jamais te deixaria nas horas da prova e do sofrimento. Quando vistes apenas duas pegadas na areia da praia, eram as minhas. Foi exatamente aí que te carreguei nos braços”.

Muitas vezes achamos que estamos sozinhos, especialmente nas horas difíceis da nossa vida. Mas Deus não nos abandona nunca. Ele está conosco sempre, em todos os momentos da nossa vida, especialmente nas dificuldades. Diz ele na sua Palavra: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hebreus 13.15).

E foi na certeza dessa promessa de Deus, de que ele está conosco sempre, que o apóstolo Paulo pode dizer: “Se Deus é por nós, quem será contra nós? Em todas as coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8.31).

Deus nos deu o que de mais precioso podia existir: ele deu o seu próprio Filho, para que morresse por nós, a fim de nos salvar de todos os pecados.

Se ele foi capaz de fazer isso por nós, de nos dar o seu próprio Filho, ele então também é capaz de nos dar tudo o que necessitamos para a vida, como paz, saúde, segurança e proteção. Por isso o apóstolo conclui, dizendo: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Romanos 8.32).

Lembremo-nos sempre disso, especialmente nos momentos de dificuldades: Deus está conosco sempre, para nos guardar, proteger e nos livrar de todo o mal – e um dia nos levará consigo, para junto de si, à mansão celestial, onde estaremos com ele para todo o sempre em paz e segurança.

Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

sábado, 7 de agosto de 2010

O MENINO E O COCHO


Certa vez um casal resolveu trazer para dentro de casa um velhinho. Enquanto ele ainda tinha forças tinha o seu lugar na mesa. Mas, à medida que ele ia envelhecendo, as suas mãos começaram a tremer e ele não conseguia segurar o prato na mão. Assim, além de sujar a mesa, freqüentemente quebrava a louça. Para acabar com isso o casal decidiu colocá-lo no paiol e arrumar-lhe um prato de madeira para comer.

O tempo foi passando. Um dia o casal foi surpreendido vendo o seu filho de oito anos fabricando um cochinho de madeira. O pai lhe perguntou para que ele estava fazendo aquilo. E o filho respondeu: “Este cochinho é para, quando o papai e a mamãe ficarem velhos como o vovô, poderem comer nele, a fim de não quebrar a louça”.

O pai compreendeu o seu erro, o mau exemplo que estava dando para o seu filho, e mandou tirar o velhinho imediatamente do paiol e trazê-lo novamente para dentro da casa, onde ele pôde comer de novo na mesa.

Assim como esse casal, muitas pessoas, quando os seus pais ficam velhos, os colocam num paiol para não atrapalhar ninguém. Conheço idosos que trabalharam a vida toda a fim de dar algum futuro para os seus filhos, como: uma casa, um terreno ou uma profissão. Hoje, quando estão velhos, em que não podem mais trabalhar, não têm onde ficar: ou têm que ir de casa em casa, como mendigos; ou são colocados num paiol, para não atrapalhar ninguém.

Será que é justo isso, abandonar aqueles que tanto se preocuparam conosco, que praticamente deram a sua vida por nós? Será que é correto desamparar os nossos pais na velhice, colocando-os em um paiol qualquer, como se fossem um ferro velho?

Deus nos deu pais para que cuidassem de nós. Agora, quando estão velhos, ele espera que cuidemos de nossos pais, dando-lhes sustento, amor e carinho. O mandamento “honrarás o teu pai e a tua mãe” também se aplica aqui.

Você, que ainda tem os seus pais vivos, em idade avançada, cuide bem deles. Lembre-se que o seu filho o está observando. A maneira como você tratar os seus pais na velhice, assim você também poderá ser tratado pelos seus filhos quando ficar velho.


Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

domingo, 1 de agosto de 2010

SORTE E AZAR


Havia certa vez um sábio chinês que morava com o seu filho numa pequena aldeia. Uma noite o filho se esqueceu de fechar a porta da estrebaria e o cavalo fugiu. Ao saberem disso, os vizinhos comentaram com certa ironia: “Mas que azar!” Encarando-os, calmamente, o sábio perguntou: “O que é azar? Foi azar ou sorte?” Ninguém entendeu o que ele quis dizer.

Como o cavalo não estava acostumado a passar a noite no relento, acabou retornando no dia seguinte, trazendo junto consigo três cavalos selvagens. Na boca dos vizinhos só havia uma exclamação: “Mas que sorte!” Repetindo a cena do dia anterior, o chinês perguntou: “O que é sorte? Foi sorte ou foi azar?” Mais uma vez ninguém o entendeu.

Nos dias seguintes o filho se ocupou com o adestramento dos cavalos selvagens. Tudo corria bem, até que ele caiu de um dos cavalos, vindo a quebrar a perna. Ao visitá-lo, os vizinhos declararam consternados: “Mas que azar!” Ao que o sábio novamente perguntou: “O que é azar? Foi azar ou foi sorte?”

Tempos depois estourou uma guerra no país. Todos os jovens foram convocados para lutar. Como, porém, o filho do sábio estava com a perna quebrada, foi dispensado. Tristes com o fato de seus filhos estarem na guerra, os vizinhos disseram: “Mas este homem é mesmo de sorte!”

Há pessoas que atribuem tudo o que lhes acontece à sorte ou ao azar. As suas vidas são regidas pela fatalidade.

Para o filho de Deus, porém, não existe sorte e nem azar. Para ele existe a mão de Deus, que está por detrás de tudo. Pois, conforme Jesus, nenhum fio de cabelo cai da nossa cabeça sem o conhecimento de Deus e que até o pardal tem o seu destino traçado pela mão dele. Lemos no Evangelho de Mateus, capítulo l0, versículos 29 a 31: “Não se vendem dois pardais por algumas moedinhas? Porém nenhum deles cai no chão sem que isso seja da vontade do Pai. Quanto a vocês, até os seus cabelos estão contados. Portanto, não tenham medo, pois vocês valem mais do que muitos passarinhos”.

Por isso, em vez de atribuir tudo o que nos acontece à sorte ou ao azar, confiemos na providência divina, que dirige todas as coisas conforme Deus determinou – não deixando acontecer nada contrário a sua vontade, especialmente com aqueles que se tornaram seus filhos pela fé em Cristo Jesus.

Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil