Havia certa vez um sábio chinês que morava com o seu filho numa pequena aldeia. Uma noite o filho se esqueceu de fechar a porta da estrebaria e o cavalo fugiu. Ao saberem disso, os vizinhos comentaram com certa ironia: “Mas que azar!” Encarando-os, calmamente, o sábio perguntou: “O que é azar? Foi azar ou sorte?” Ninguém entendeu o que ele quis dizer.
Como o cavalo não estava acostumado a passar a noite no relento, acabou retornando no dia seguinte, trazendo junto consigo três cavalos selvagens. Na boca dos vizinhos só havia uma exclamação: “Mas que sorte!” Repetindo a cena do dia anterior, o chinês perguntou: “O que é sorte? Foi sorte ou foi azar?” Mais uma vez ninguém o entendeu.
Nos dias seguintes o filho se ocupou com o adestramento dos cavalos selvagens. Tudo corria bem, até que ele caiu de um dos cavalos, vindo a quebrar a perna. Ao visitá-lo, os vizinhos declararam consternados: “Mas que azar!” Ao que o sábio novamente perguntou: “O que é azar? Foi azar ou foi sorte?”
Tempos depois estourou uma guerra no país. Todos os jovens foram convocados para lutar. Como, porém, o filho do sábio estava com a perna quebrada, foi dispensado. Tristes com o fato de seus filhos estarem na guerra, os vizinhos disseram: “Mas este homem é mesmo de sorte!”
Há pessoas que atribuem tudo o que lhes acontece à sorte ou ao azar. As suas vidas são regidas pela fatalidade.
Para o filho de Deus, porém, não existe sorte e nem azar. Para ele existe a mão de Deus, que está por detrás de tudo. Pois, conforme Jesus, nenhum fio de cabelo cai da nossa cabeça sem o conhecimento de Deus e que até o pardal tem o seu destino traçado pela mão dele. Lemos no Evangelho de Mateus, capítulo l0, versículos
Por isso, em vez de atribuir tudo o que nos acontece à sorte ou ao azar, confiemos na providência divina, que dirige todas as coisas conforme Deus determinou – não deixando acontecer nada contrário a sua vontade, especialmente com aqueles que se tornaram seus filhos pela fé
Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
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