quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Trem da Vida

Alguém comparou a nossa vida com uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de belas paisagens e caminhos acidentados.

Quando nascemos, nós embarcamos nesse trem. Então encontramos duas pessoas as quais acreditamos ficarão conosco até o fim da viagem. São os nossos pais. Infelizmente isso não é verdade. Em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto.

Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem outras pessoas que virão a ser importantes para nós, que são os nossos irmãos, amigos e amores.

E no trem há também pessoas que passam de vagão a vagão, prontas a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que quando desocupam os seus assentos ninguém percebe a sua falta.

E esse trem nunca volta. Diz a Palavra de Deus: “Aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9.27). Por isso é preciso estar preparado para chegar ao destino certo. Pois, como sabemos, há apenas dois lugares possíveis de se chegar: o céu ou o inferno. Para ir para o inferno, não é necessário nenhum preparo. Mas para chegar ao céu é preciso conhecer o caminho e ter um passaporte.

A boa notícia é que alguém pagou a nossa passagem. Esse alguém é Jesus. Jesus, com o seu padecimento e morte, além de pagar a conta, nos espera na última estação para o desembarque na eternidade.

Há uma música, muito conhecida, que diz: “Vou no trem das boas novas lá do céu, que conduz à salvação. Vou no trilho certo e nunca voltarei ao lugar da perdição. Já tenho o passe, o sangue que Jesus deu por minha redenção. Vou no trem das boas novas lá do céu que conduz à salvação”.

Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tendo a Jesus como o nosso Salvador e mantendo um bom relacionamento com os demais passageiros, lembrando sempre que precisamos uns dos outros. E, caso alguém não tenha o passaporte para o céu, falemos-lhe de Jesus: o caminho, a verdade e a vida, somente através de quem é possível chegar ao céu.

Compartilhe esta mensagem com os seus amigos e mostre para eles o quanto você se importa com eles e como eles são importantes para Deus, a ponto de sacrificar o seu próprio Filho para tê-los um dia consigo nos céus. Diz ele em sua Palavra: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Abraços e votos de bênçãos de Deus.

Pastor Lindolfo Pieper

sábado, 5 de março de 2011

O PREÇO DE UMA ALMA

Um cientista inglês fez um estudo sobre o valor químico do ser humano e chegou à conclusão que o ser humano não vale quase nada.

Com a gordura de um corpo adulto podem-se fabricar sete sabonetes. Nosso organismo tem açúcar suficiente para adoçar uma xícara de café e ferro para fabricar um prego de tamanho médio. O fósforo existente no organismo daria para mil e duzentos palitos. Os cabelos dariam para confeccionar cinco pincéis. Os ossos, depois de triturados, dariam para fazer quatro quilos de adubo orgânico. E as unhas, devidamente derretidas, dariam para fabricar um frasco pequeno de cola. Além de outras matérias sem importância, mais de quarenta por cento do corpo humano é água. Se tudo isso fosse vendido como matéria-prima, daria em torno de cinqüenta dólares.

Temos que reconhecer que não valemos grandes coisas. Com cinqüenta dólares não se compra uma cesta básica. Claro, poderia argumentar que é possível ganhar um bom dinheiro se prostituindo, ou negociando um órgão como o rim, o coração ou os olhos.

É verdade. Mas é um comércio baseado em critérios questionáveis, desumanos e passageiros. O real valor do ser humano não está no palpável, nem num valor relativo do mercado. O valor do ser humano está no que ele tem de mais precioso, que é a sua alma.

Todo ser humano possui uma alma. Ninguém quer perdê-la. Por isso devia ser normal a preocupação quanto ao preço de uma alma. Nem os ministros da área econômica de um país sabem informar o valor de uma alma. Nem os mais capacitados cientistas.

O único que pode dar informação segura é aquele que nos colocou no mundo, dando-nos um corpo e uma alma: Deus. E Deus, através de Jesus, não deixa dúvidas. Diz ele na sua palavra: “O que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? O que dará o homem em troca de sua alma?” (Mateus 16.26).

Jesus considera a nossa alma um tesouro imenso e extraordinário. Ele se humilhou, morreu e ressuscitou com o objetivo de salvar a nossa alma. O preço da alma, portanto, é o sangue de Cristo derramado na cruz. Diz o apóstolo Pedro: “Não foi mediante coisas corruptíveis, como ouro ou prata, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1.18,19). Temos nós a mesma consideração? Damos nós o devido valor à nossa alma?

Judas vendeu a sua alma por dinheiro. Esaú trocou a sua alma por um prato de comida. O jovem rico considerou os seus bens mais valiosos do que a sua alma. Jesus chorou sobre Jerusalém porque os seus habitantes não se preocupavam com a sua alma.

Milhares de pessoas trocam a sua alma pelos tóxicos, pelo alcoolismo, pela luxúria, pela prostituição, pela ganância – ou por qualquer coisa que satisfaz o corpo, porém mata a alma.

O cristão é responsável pela sua alma. Para não perdê-la ele estuda a Palavra de Deus, participa dos cultos e da Santa Ceia. Ele pratica a sua fé e não leva a sua alma onde Deus não pode estar.

O diabo é o maior inimigo das almas. Enquanto Deus quer conduzi-las ao céu, ele quer levá-las ao inferno. Por isso o conselho bíblico: “Sede sóbrios e vigilantes: o diabo, vosso adversário, anda em derredor como leão que ruge, procurando alguém para devorar. Resisti-lhe firmes na fé” (1 Pedro 5.8).

Tenhamos, pois, muito cuidado com a nossa alma. Façamos aquilo que Deus nos recomenda na sua palavra: “Venho sem demora. Conserva o que tens para que ninguém tome a tua coroa” (Apocalipse 3.11).


Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil


sábado, 19 de fevereiro de 2011

NÃO SE ESQUEÇA DO MAIS IMPORTANTE


Conta uma lenda que certa mulher pobre, com uma criança no colo, ia passando diante de uma caverna. De repente ela escutou uma voz misteriosa, vinda lá de dentro, que lhe dizia: “Entre e apanhe tudo o que você desejar, mas não se esqueça do principal. Lembre-se, porém, de uma coisa: Depois que você sair, a porta se fechará para sempre. Portanto, aproveite a oportunidade, mas não se esqueça do principal”.

A mulher entrou na caverna e encontrou muitas riquezas. Fascinada pelo ouro e pelas jóias, pôs a criança no chão e começou a juntar, ansiosamente, tudo o que podia no seu avental. A voz misteriosa falou novamente: "Você agora só tem cinco minutos”.

Esgotados os cinco minutos, a mulher carregada de ouro e pedras preciosas, correu para fora da caverna e a porta se fechou. Lembrou-se, então, da criança que ficara lá dentro. Mas, a porta estava fechada para sempre! A riqueza durou pouco e o desespero, para sempre.

Também para nós soa a voz: “O tempo está passando. Não se esqueça do principal”. O principal em nossa vida são os tesouros eternos. Deus nos deu seu Filho, Jesus Cristo, para através dele termos acesso ao maior tesouro, que é a vida eterna. Pela fé nele temos a certeza e a garantia de que estaremos com ele na eternidade.

Muitas pessoas estão tão envolvidas com as coisas do mundo que se esquecem das coisas de Deus. Vivem como se não tivessem uma alma, como se tudo se resumisse ao corpo mortal. Por isso Jesus nos adverte, dizendo: “Não acumuleis para vós tesouros sobre a terra que a traça e a ferrugem corroem; mas ajuntai para vós tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não corroem, nem os ladrões roubam ou escavam. Onde está o tesouro, aí está também o coração” (Mateus 6.32).

Precisamos das coisas terrenas para a nossa sobrevivência. Mas, na hora decisiva, quando o portão da vida deste mundo se fechar, só uma coisa realmente terá validade: a fé em Jesus Cristo, que nos abrirá o portão para a vida eterna com Deus.

Por isso, não nos esqueçamos nunca do principal. Busquemos, enquanto há tempo, o tesouro espiritual chamado Jesus. Busquemo-lo através da sua Palavra, a Bíblia Sagrada, onde encontramos orientação, consolo, conforto e esperança – para esta vida e a vida que há de vir.


Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil



sábado, 5 de fevereiro de 2011

O VENTO E O SOL


O vento e o sol apostaram, certa vez, qual dos dois seria capaz de tirar o casaco de um viajante que andava pelo deserto.

O vento trabalhou primeiro. Soprou uma rajada forte sobre o capote do viajante. O homem, que trazia o seu agasalho desabotoado, ao sentir o impacto do vento, segurou e abotoou o seu casaco. Sentindo-se frustrado na primeira tentativa, o vento redobrou a sua força e começou a atacar o viajante cada vez com mais intensidade. E, quanto maior era a violência do vento, mais o homem se protegia. Embora rolando no chão, agarrava o seu capote e o segurava com firmeza.

O vento perdeu. O viajante se compôs. Limpou as suas vestes e prosseguiu a viagem. Agora com o capote inteiramente abotoado.

Agora era a vez do sol. O sol não fez nenhum escarcéu. Nenhum barulho se lhe ouviu. Calmo e sereno, atirou um dos seus raios sobre o viajante. Após um minuto, o homem abriu um dos botões. Mais adiante, outro. Um pouco mais adiante, começou a tirar o capote. Até tirá-lo completamente. E o sol venceu.

Essa história é uma ilustração perfeita daquilo que o profeta Zacarias diz no seu Livro, capítulo 4, versículo 6: “Não por força, nem pela violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”.

Muitas pessoas querem converter os outros a força, de levá-los a Cristo na marra. Mas com isso acabam afastando-os ainda mais de Deus, tornando o cristianismo uma coisa antipática aos seus olhos.

Essas pessoas se esquecem de que a conversão de uma pessoa não é obra humana, mas sim de Deus. Diz o apóstolo Paulo na sua Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 3, versículos 5 a 7: “Somos somente servidores de Deus. Cada um de nós faz o trabalho que o Senhor deu para fazer: eu plantei, Apolo regou a planta, mas foi Deus quem a fez crescer. De modo que, nem o que planta, nem o que rega tem importância, mas sim Deus, que dá o crescimento”. E o Senhor, através do profeta Zacarias, acrescenta: “Não por força, nem pela violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”.

As muralhas de Jericó caíram pelo poder de Deus e não pela força humana. O Senhor disse ao povo de Israel, defronte ao Mar Vermelho: “Aquietai-vos e vede o livramento”. O povo se aquietou, o Senhor fez secar o mar e Israel atravessou o Mar Vermelho em terra enxuta.

Quando Nicodemos quis saber de Jesus como é que uma pessoa da sua idade podia nascer de novo, Jesus lhe explicou que isso não é obra humana, mas sim do Espírito Santo de Deus. Assim como o vento sopra, sem que saibamos donde vem, assim é todo o que nasce do Espírito, diz Jesus (João 3.4-8).

Não é através de gritos, berros e apelos insistentes do pregador que Deus converte uma pessoa, mas sim através da ação do Espírito Santo, que atua calmamente no coração do ser humano, usando os meios da graça que ele nos deu.

Aprendamos com os exemplos acima de que a obra de Deus não se realiza a base da força e da violência, mas com bondade e mansidão.


Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil