sábado, 20 de novembro de 2010

O TREM DA VIDA


Alguém comparou a nossa vida com uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de belas paisagens e caminhos acidentados.

Quando nascemos, nós embarcamos nesse trem. Então encontramos duas pessoas as quais acreditamos ficarão conosco até o fim da viagem. São os nossos pais. Infelizmente isso não é verdade. Em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto.

Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem outras pessoas que virão a ser importantes para nós, que são os nossos irmãos, amigos e amores.

E no trem há também pessoas que passam de vagão a vagão, prontas a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que quando desocupam os seus assentos ninguém percebe a sua falta. Alguns passageiros se acomodam em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. São os excluídos, aqueles que a sociedade marginalizou. Mas isso não nos impede de, com esforço, atravessarmos o nosso vagão e encontramos com eles para lhes prestar a nossa solidariedade.

E esse trem nunca volta. Diz a Palavra de Deus: “Aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9.27). Por isso é preciso estar preparado para chegar ao destino certo. Pois, como sabemos, há apenas dois lugares possíveis de se chegar: o céu ou o inferno. Para ir para o inferno, não é necessário nenhum preparo. Mas para chegar ao céu é preciso conhecer o caminho e ter um passaporte.

A boa notícia é que alguém pagou a nossa passagem. Esse alguém é Jesus. Jesus, com o seu padecimento e morte, além de pagar a conta, nos espera na última estação para o desembarco na eternidade.

Há uma música, muito conhecida, que diz: “Vou no trem das boas novas lá do céu, que conduz à salvação. Vou no trilho certo e nunca voltarei ao lugar da perdição. Já tenho o passe, o sangue que Jesus deu por minha redenção. Vou no trem das boas novas lá do céu que conduz à salvação”.

Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tendo a Jesus como o nosso Salvador e mantendo um bom relacionamento com os demais passageiros, lembrando sempre que precisamos uns dos outros. E, caso alguém não tenha o passaporte para o céu, falemos-lhe de Jesus: o caminho, a verdade e a vida, somente através de quem é possível chegar ao céu.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil


sábado, 6 de novembro de 2010

DEUS SABE O QUE FAZ


Conta-se que certo rabino teve de abandonar a sua terra. Por isso saiu numa longa peregrinação, montado em seu jumento. Levava consigo um candeeiro para estudar a lei à noite, e um galo que lhe servisse de despertador.

Chegando a uma pequena vila, procurou um lugar para repousar, mas ninguém lhe deu abrigo. Desolado, o rabino procurou pousada em um bosque dos arredores, debaixo de uma frondosa árvore. Acendeu o candeeiro, fez as suas preces e iniciou a leitura da lei. Mas um vento muito forte apagou o candeeiro. O que fazer? “Deus sabe o que faz”, resignou-se ele e deitou-se para dormir.

Ao amanhecer, verificou horrorizado, que durante a noite, um lobo devorara o galo, e um leão o seu jumento. “Deus sabe o que faz”, balbuciou o rabino. E foi até a aldeia que lhe recusara pousada, para ver se arranjava alguma coisa.

Mas, que horror! Ali não havia ninguém. A vila fora saqueada, e os seus habitantes, mortos. Durante a noite, uma tribo inimiga, vinda das montanhas, havia assaltado a vila, destruindo tudo e matando a todos.

Diante desse quadro, o rabino disse para si mesmo: “Se eu tivesse dormido na vila, eu teria sido morto, como os outros. Se o candeeiro não tivesse apagado, os bandidos me teriam achado. Se o galo tivesse cantado ou o burro zurrado, eles revelariam a minha presença; e a estas horas eu estaria morto. Portanto, em vez de me lamentar, devo agradecer a Deus, porque ele sabe o que faz”.

Todos nós conhecemos a expressão: “Deus escreve certo por linhas tortas”. Deus permite, às vezes, que passemos por algumas situações difíceis na vida, para nos libertar de um mal maior. Diz o apóstolo Paulo em Romanos, capítulo 8, versículo 28: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.

Por isso, em vez de ficar lamentando quando nos acontece alguma coisa desagradável louvemos a Deus – pois ele sabe o que faz.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil