sexta-feira, 16 de abril de 2010

COMO SUPERAR AS ADVERSIDADES

Um dia um homem, andando pelo campo, avistou um casulo, com um pequeno buraco, se movendo. Ele se sentou em cima duma tora de madeira e começou a observar durante horas a fio a borboleta se esforçando para fazer o seu corpo passar através daquele pequeno orifício. De repente ela parou de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe possível, até o limite de suas forças.

Então o homem decidiu ajudar a borboleta: pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta saiu com facilidade. Mas o seu corpo estava murcho, pequeno e estava com as asas amassadas.

O homem continuou a observar a borboleta, porque ele julgava que, a qualquer momento, as suas asas se abririam e ela sairia voando. No entanto, nada disso aconteceu. A borboleta passou o resto da vida rastejando pelo chão com um corpo murcho e as asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar.

O homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não sabia que o casulo apertado e o esforço da borboleta para passar através da pequena abertura, faziam com que o fluído do corpo da borboleta fosse para suas asas e, deste modo ela estaria pronta para voar.

Algumas vezes é justamente o esforço que precisamos em nossa vida. Se Deus permitisse que passássemos a vida toda sem qualquer obstáculo, nós nos tornaríamos aleijados, espiritualmente atrofiados. Nós não iríamos nos tornar tão fortes como deveríamos e nem alçar vôos como Deus espera que façamos.

São os ventos fortes que agitam as árvores, que fazem com que as suas raízes se aprofundam. São as grandes quedas de água que geram energia nas turbinas elétricas. São os exercícios físicos que tornam os atletas resistentes. E são as provações, as dificuldades e os obstáculos da vida que tornam os cristãos fortes, espiritualmente maduros e preparados para a luta. Diz o apóstolo Paulo: “Também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e esta aprovação cria a esperança” (Romanos 5.3).

Por isso Deus, às vezes, permite que passemos por provações. Por isso Deus nem sempre atende as nossas orações como desejaríamos. Freqüentemente pedimos uma coisa e Deus nos dá uma coisa, totalmente diferente. É como disse alguém: “Eu pedi força, e Deus me deu dificuldades para me fazer forte. Eu pedi sabedoria, e Deus me deu problemas para resolver. Eu pedi prosperidade, e Deus me deu força para trabalhar. Eu pedi coragem, e Deus me deu perigo para superar. Eu pedi amor, e Deus me deu pessoas com problemas para ajudar. Eu pedi favores, e Deus me deu oportunidades para trabalhar”.

E ele então conclui, dizendo: “Eu não recebi nada do que pedi, mas recebi tudo o que precisava”. Esta deve ser a experiência de todo o verdadeiro filho de Deus.

Aprendamos, pois, a exemplo da borboleta, a extrair força da fraqueza, sabendo que o esforço é necessário para desenvolver as nossas virtudes; e que, quando estamos fracos, então é que somos fortes, porque, conforme a Palavra de Deus, o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza (2 Coríntios 12.9-10).

Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil


sábado, 3 de abril de 2010

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO


Por muitos anos se duvidou que alguém pudesse escalar o Monte Everest, no Himalaia, o pico mais alto do mundo. Esta dúvida, no entanto, desapareceu quando, no dia 29 de maio de 1953, Edmund Hillary, um neozelandês, chegou pela primeira vez ao topo desse enorme monte.

Na Sexta-feira da Paixão Jesus escalou o monte Calvário. À semelhança do Monte Everest, isso parecia uma tarefa impossível. Não pela altitude em si, mas pelo que isso representava, pela missão que Jesus tinha a cumprir. Pois, ao galgar o monte Calvário, Jesus estava para oferecer a sua própria vida, a fim de salvar a humanidade perdida.

Será que Cristo conseguiu alcançar o seu objetivo de vencer tamanho obstáculo? Os inimigos achavam que não. Achavam que Jesus havia fracassado, ao morrer de uma forma tão vergonhosa na cruz.

Veio, porém, a manhã de Páscoa, e com ela o maior acontecimento da história: Jesus saiu da sepultura. E, para não deixar nenhuma dúvida de que ele vencera a morte e o pecado, Jesus apareceu aos seus discípulos, sendo que uma dessas vezes no monte da Galiléia. E diz o evangelista Mateus em seu Evangelho, capítulo 28, versículo 17: “Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram”.

Para os que creram, não havia nenhuma dúvida: lá estava a pedra removida, o túmulo vazio e a presença física de Jesus. Mesmo alguns daqueles que, como Tomé, no primeiro momento tinha duvidado, com as suas freqüentes aparições, passaram a crer também.

A ressurreição de Jesus é uma das pedras fundamentais da fé cristã. Ela prova que Cristo é verdadeiramente o Filho de Deus e que há vida depois da morte. A ressurreição de Jesus é de tamanha importância que o apóstolo Paulo chega a dizer que “se Cristo não ressuscitou dos mortos, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1 Coríntios 15.17).

Por isso Jesus apareceu tantas vezes aos seus discípulos, para que não tivessem nenhuma dúvida a respeito da sua ressurreição. E é por isso que ele também nos deu o Evangelho, para nos testemunhar sobre a sua ressurreição.

Que a alegria da Páscoa se faça presente em todos os dias de sua vida, na certeza de que, como Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos; somos, portanto, as pessoas mais felizes do mundo.

Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil