sábado, 18 de dezembro de 2010

O NATAL É PARA TODOS


No ano de 1755 um grupo de pioneiros da Pensilvânia, Estados Unidos, estava sendo cercado por várias tribos de índios. Os pioneiros decidiram se reunir numa pequena vila. De dia podiam ver os índios ajuntando-se de várias direções. E à noite podiam observar os sinais de fogo, ouvir os gritos de guerra e as batidas dos tambores. A situação era desesperadora.

Então veio o Natal. Cedo de manhã, homens, mulheres e crianças se reuniram na vila e começaram a cantar hinos de Natal. Ao terminar de cantar, olharam e, para a sua surpresa, viram que os índios estavam se dispersando, embrenhando-se nas matas.

Mais tarde, ao se tornarem amigos dos índios, estes explicaram porque fizeram isso. Enquanto os chefes estavam reunidos em conselho de guerra, os ventos traziam aos seus ouvidos o som doce e alegre dos cânticos de Natal. A música espantara a hostilidade dos seus corações. Foi assim que aqueles pioneiros da Pensilvânia foram salvos do massacre. Aquele Natal foi especialmente alegre e significativo para eles.

Este Natal pode ser significativo e alegre também para você, independentemente da situação em que você se encontrar, se você cantar com sinceridade os hinos de Natal e crer na mensagem que os anjos anunciaram aos pastores das campinas de Belém: “Não temais: eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo. É que hoje vos nasceu na cidade de Davi o Salvador, que é Cristo o Senhor” (Lucas 2.10,11).

O relato do nascimento de Jesus Bíblia Sagrada é feito com palavras tão simples, corriqueiras e fáceis que até uma criança pode entender a sua mensagem. Por outro lado, esta mensagem é tão profunda que nem mesmo a mente mais intelectualizada pode compreendê-la. Porque naquela manjedoura de Belém está o poderoso Filho de Deus, o Salvador do mundo.

Muitas pessoas acham que o Natal não é para elas, pois o consideram muito infantil para as suas mentes intelectualizadas. Mas o Natal é para todos, porque “todos pecaram e carecem da graça de Deus” (Romanos 3.23).

Desde a queda de Adão e Eva em pecado, todos necessitam da graça de Deus, não importando a sua cor, nacionalidade, idade ou classe social. Uma vez que todos são pecadores, todos precisam de Jesus: pobres e ricos, pretos e brancos, homens e mulheres, crianças e adultos.

O Natal, portanto, também é para você, uma vez que você também é pecador. Celebre-o com alegria, ciente de que você também é alvo do amor de Deus. Diz o Senhor Deus na sua Palavra: “Com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31.3).


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil


sábado, 4 de dezembro de 2010

NATAL É DEUS CONOSCO

Um menino havia perdido o seu pai num desastre de automóvel. Ele sentia muita falta do pai e, volta e meia ficava parado diante do retrato do pai na sala, contemplando-o com carinho e saudade.

Aproximava-se o Natal e sua mãe lhe perguntou: “O que você gostaria de receber neste Natal?” O menino chegou perto do retrato do pai e disse, com lágrimas nos olhos: “Gostaria que papai descesse deste quadro e passasse o Natal conosco”.

Este desejo do menino, em proporções bem maiores, Deus cumpriu naquele primeiro Natal. Deus desceu a terra, na pessoa de seu Filho Jesus, para habitar e estar com os homens. O Deus Conosco, o Emanuel, veio ficar conosco, trazendo-nos paz, alegria e salvação eterna.

Houve um tempo em que Deus morava com os homens. Foi logo no início, na criação do mundo, antes do homem cair em pecado. Naquela ocasião Deus andava com os homens, conversava com eles e passeava com eles.

Mas com a queda em pecado, Deus deixou de andar e passear com eles. Os homens foram expulsos da presença de Deus. Entretanto, Deus não abandonou os homens. Ele lhes prometeu um Salvador. Este viria ao mundo e voltaria a morar com os homens.

E Deus cumpriu com a sua promessa. Ele lhes enviou o Salvador. Por isso, quando o anjo anunciou a José que a sua esposa Maria teria um filho, também disse qual o nome que ele deveria receber: Emanuel, que quer dizer Deus Conosco.

Quando Jesus veio ao mundo naquele primeiro Natal, Deus voltava a habitar entre os homens. Por isso o apóstolo João diz: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade. E vimos a sua glória, glória como a do unigênito Pai” (João 1.14).

Jesus, como o verbo de Deus, viveu 33 anos com os homens. Nesse tempo todo ele conversou com os homens, ensinou os homens e ajudou os homens.

Hoje Jesus não está mais visivelmente entre nós. Ele voltou para os céus. Mas nos deixou a promessa de que estaria conosco com o seu Santo Espírito até o fim dos séculos. Jesus está conosco hoje através da sua Palavra, através da Santa Ceia, através do Batismo e através da sua Igreja. Ele está conosco para nos guardar, orientar, proteger e nos salvar de todos os pecados.

Vai haver, entretanto, um dia em que Jesus voltará a estar conosco pessoalmente. Isso vai acontecer no fim dos tempos, quando Jesus voltar para julgar os vivos e os mortos. Então este mundo vai acabar, para dar lugar a um novo mundo, ao novo céu e a nova terra.

Nesta ocasião Deus vai voltar a morar com os homens. Os céus vão se emendar com a terra, para formar um grande paraíso. Não vai mais haver separação entre Deus e os homens. E onde Deus está, ali não há lugar para tristeza, nem luto e nem dor. Estas coisas fazem parte do passado, do mundo contaminado pelo pecado.

Em Apocalipse 21 e 22 nós temos uma descrição como é que será o mundo quando Deus voltar a morar com os homens. O mundo vai se transformar num paraíso, num novo jardim do Éden.

Numa linguagem figurada, o apóstolo descreve o novo céu e a nova terra. Primeiro, como um tabernáculo, onde Deus voltará a habitar com os homens. Depois o apóstolo compara o novo céu com uma grande e bonita cidade, cujas ruas são de ouro e de cristal. E o apóstolo termina descrevendo o céu como um grande e lindo jardim, semelhante ao jardim do Éden.

É claro que todas essas comparações são apenas figuras de linguagem para descrever o que será o novo céu e a nova terra. Na verdade, palavras humanas não conseguem descrever as belezas do céu, aquilo que Deus preparou para aqueles que o amam.

Ao apóstolo Paulo foi permitido dar uma olhada para dentro do céu. Ele ficou tão maravilhado com a sua beleza, que assim se expressou mais tarde, lembrando-se dessa experiência: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2.9).

É por isso que nós celebramos o Natal. É por isso que nós nos alegramos no Natal. É que no Natal Jesus veio morar com os homens, ele veio consertar este mundo, ele veio nos trazer a esperança de um novo mundo, um mundo perfeito e melhor: o novo céu e a nova terra.

Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil

sábado, 20 de novembro de 2010

O TREM DA VIDA


Alguém comparou a nossa vida com uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de belas paisagens e caminhos acidentados.

Quando nascemos, nós embarcamos nesse trem. Então encontramos duas pessoas as quais acreditamos ficarão conosco até o fim da viagem. São os nossos pais. Infelizmente isso não é verdade. Em alguma estação eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seu carinho, proteção, amor e afeto.

Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem outras pessoas que virão a ser importantes para nós, que são os nossos irmãos, amigos e amores.

E no trem há também pessoas que passam de vagão a vagão, prontas a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que quando desocupam os seus assentos ninguém percebe a sua falta. Alguns passageiros se acomodam em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. São os excluídos, aqueles que a sociedade marginalizou. Mas isso não nos impede de, com esforço, atravessarmos o nosso vagão e encontramos com eles para lhes prestar a nossa solidariedade.

E esse trem nunca volta. Diz a Palavra de Deus: “Aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9.27). Por isso é preciso estar preparado para chegar ao destino certo. Pois, como sabemos, há apenas dois lugares possíveis de se chegar: o céu ou o inferno. Para ir para o inferno, não é necessário nenhum preparo. Mas para chegar ao céu é preciso conhecer o caminho e ter um passaporte.

A boa notícia é que alguém pagou a nossa passagem. Esse alguém é Jesus. Jesus, com o seu padecimento e morte, além de pagar a conta, nos espera na última estação para o desembarco na eternidade.

Há uma música, muito conhecida, que diz: “Vou no trem das boas novas lá do céu, que conduz à salvação. Vou no trilho certo e nunca voltarei ao lugar da perdição. Já tenho o passe, o sangue que Jesus deu por minha redenção. Vou no trem das boas novas lá do céu que conduz à salvação”.

Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tendo a Jesus como o nosso Salvador e mantendo um bom relacionamento com os demais passageiros, lembrando sempre que precisamos uns dos outros. E, caso alguém não tenha o passaporte para o céu, falemos-lhe de Jesus: o caminho, a verdade e a vida, somente através de quem é possível chegar ao céu.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil