sábado, 6 de novembro de 2010

DEUS SABE O QUE FAZ


Conta-se que certo rabino teve de abandonar a sua terra. Por isso saiu numa longa peregrinação, montado em seu jumento. Levava consigo um candeeiro para estudar a lei à noite, e um galo que lhe servisse de despertador.

Chegando a uma pequena vila, procurou um lugar para repousar, mas ninguém lhe deu abrigo. Desolado, o rabino procurou pousada em um bosque dos arredores, debaixo de uma frondosa árvore. Acendeu o candeeiro, fez as suas preces e iniciou a leitura da lei. Mas um vento muito forte apagou o candeeiro. O que fazer? “Deus sabe o que faz”, resignou-se ele e deitou-se para dormir.

Ao amanhecer, verificou horrorizado, que durante a noite, um lobo devorara o galo, e um leão o seu jumento. “Deus sabe o que faz”, balbuciou o rabino. E foi até a aldeia que lhe recusara pousada, para ver se arranjava alguma coisa.

Mas, que horror! Ali não havia ninguém. A vila fora saqueada, e os seus habitantes, mortos. Durante a noite, uma tribo inimiga, vinda das montanhas, havia assaltado a vila, destruindo tudo e matando a todos.

Diante desse quadro, o rabino disse para si mesmo: “Se eu tivesse dormido na vila, eu teria sido morto, como os outros. Se o candeeiro não tivesse apagado, os bandidos me teriam achado. Se o galo tivesse cantado ou o burro zurrado, eles revelariam a minha presença; e a estas horas eu estaria morto. Portanto, em vez de me lamentar, devo agradecer a Deus, porque ele sabe o que faz”.

Todos nós conhecemos a expressão: “Deus escreve certo por linhas tortas”. Deus permite, às vezes, que passemos por algumas situações difíceis na vida, para nos libertar de um mal maior. Diz o apóstolo Paulo em Romanos, capítulo 8, versículo 28: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”.

Por isso, em vez de ficar lamentando quando nos acontece alguma coisa desagradável louvemos a Deus – pois ele sabe o que faz.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil


sábado, 23 de outubro de 2010

OS TRÊS AMIGOS


Certo homem tinha três amigos. Um dia ele foi chamado ao tribunal. Os seus negócios estavam de tal maneira embaraçados que uma condenação parecia inevitável. Nessas circunstâncias recorreu aos seus três amigos, rogando-lhes que o ajudassem.

O primeiro amigo disse: “Tudo o que posso fazer é dar a você um traje novo para comparecer diante do tribunal”. O segundo disse: “Irei com você até a porta do tribunal. É o que eu posso fazer por você”. E o terceiro amigo, de quem não esperava nada, disse: “Eu entrarei com você no tribunal e falarei a seu favor”. Assim fez. Falou tão bem a favor do amigo, que este foi absolvido pelo tribunal.

Esta estória, dizia um velho oriental, será a história de sua vida no dia da sua morte. Um amigo lhe dará o seu último trapo, a mortalha: é o dinheiro que vocês tanto amam. É o máximo que pode fazer. Outro amigo lhe acompanhará, é o mundo: os seus pais, seus amigos e conhecidos, que lhe acompanharão até o cemitério. É o máximo que podem fazer. O terceiro e fiel amigo, que não lhe abandonará, mas por você intercederá junto ao tribunal de Deus, é o Senhor Jesus.

Qual dos três amigos estará ao seu lado no dia em que você deixar este mundo, no dia em que você se encontrar com Deus em juízo?

É muito conhecida a história daquela senhora que cometeu um crime e não quis aceitar a ajuda de um advogado amigo, achando que podia se defender sozinha. Depois, no entanto, quando viu que ia ser condenada, resolveu procurar o advogado. Mas era tarde, pois este advogado havia sido nomeado o juiz da cidade, e ele teve que condená-la.

Jesus quer ser o seu Advogado. Ele quer defendê-lo diante do tribunal de Deus. Diz o apóstolo João: “Filhinhos, não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo. Ele é o perdão dos nossos pecados, não somente dos nossos, nas ainda os do mundo inteiro” (1 João 2.1,2).

Por isso, confie em Jesus enquanto você está aqui neste mundo, antes que você esteja diante do tribunal divino. Então Jesus poderá não mais ser o seu advogado, mas o juiz, que lhe dará a sentença final. Pense nisso.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil


sábado, 9 de outubro de 2010

O TRIUNFO DO CRISTIANISMO


O filósofo francês Voltaire se orgulhava da sua total falta de fé. Sempre que podia, criticava os seguidores de Cristo. Referindo-se aos apóstolos, ele disse: “O cristianismo foi estabelecido por doze pescadores ignorantes. Eu mostrarei ao mundo como um único filósofo francês será capaz de destruí-lo”.

O general Lewis Wallace zombava dos cristãos, afirmando que eles criam num Deus morto. Certo dia, encontrando-se com um cristão, disse: “O cristianismo é uma invenção humana. Vou provar para todos, num livro que irei escrever, que Jesus nunca existiu”.

Também o imperador romano Deocleciano julgava ter o poder de destruir a religião cristã. Depois de matar milhares de cristãos durante uma violenta perseguição que promoveu contra a igreja, ele achou que havia exterminado os cristãos. Por isso mandou erguer um monumento, no qual escreveu: “Extinguiu-se o nome cristão”.

Mas será que estes homens conseguiram mesmo extinguir o cristianismo e acabar com a religião cristã?

Estima-se que existem hoje no mundo mais de um bilhão de cristãos. E o que é feito de Voltaire, de Lewis Wallace e de Deocleciano?

Voltaire, o homem que se arrogou a capacidade de destruir o cristianismo, acabou morrendo em agonia e desespero. Vinte e cinco anos depois da sua morte, um grupo de cristãos comprou a casa onde ele viveu e instalou ali um depósito de Bíblias, que, mais tarde se tornou numa Sociedade Bíblica.

Lewis Wallace, que prometeu escrever um livro desmascarando o cristianismo, regressou convertido da Terra Santa, para onde fora em busca de provas da inexistência de Cristo; e acabou escrevendo a famosa obra “Ben-hur”, na qual exalta a religião cristã.

E Deocleciano, que achava ter acabado com os cristãos, morreu como qualquer outro mortal. O seu nome é hoje lembrado por causa das atrocidades que praticou.

Verdadeiras são as palavras de Paulo, citando o profeta Isaías: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos entendidos. Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?” (1 Coríntios 1.19,20). E o apóstolo Pedro acrescenta: “Todos os seres humanos são como a erva do campo e a grandeza deles como a flor da erva. A erva seca e as flores caem. Mas a palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pedro 1.24,25).

Nós, seres humanos, somos passageiros e mortais. Só Deus é eterno. Porém há uma maneira de tornarmos imortais e eternos: crendo na infalível Palavra de Deus, que nos aponta Cristo como o caminho, a verdade e a vida – somente através de quem podemos nos aproximar de Deus e alcançar a vida eterna. Diz Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). E o apóstolo Pedro acrescenta: E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).

Confiemos, pois, nesta palavra e herdaremos a vida eterna.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil

sábado, 25 de setembro de 2010

FIDELIDADE


Corria o ano 155 da era cristã. Um velhinho, de cabelos brancos, com 87 anos, está perante o juiz, acusado de um grande crime: ser cristão. Seu nome é Policarpo.

O juiz, quando vê aquele homem tão idoso, fica com pena dele. Sabia que Policarpo era um homem de bem e não achava certo queimar uma pessoa assim no fogo. Por isso procurou ser bondoso para com ele. Sugeriu que ele negasse a Cristo por apenas alguns instantes, que ele o soltaria.

A esta sugestão carnal Policarpo respondeu: “Oitenta e seis anos servi ao Senhor e ele nunca me fez mal. Como posso agora negar o meu Salvador e blasfemar contra ele, ele que me salvou?”

E, quando o juiz, irritado, ameaçou jogá-lo no fogo para fazer medo nele, Policarpo respondeu: “Não tem problema, pode me jogar no fogo, se quiser. Mas não se esqueça de um outro fogo que irá atormentar o seu espírito eternamente”. E Policarpo morreu queimado. Hoje ele está no céu com Jesus.

Policarpo foi apenas um dos muitos que foram mortos, queimados no fogo. Além dele, milhares de outros foram perseguidos e mortos. E foi para fortalecer a fé dessa gente que Cristo mandou escrever o livro de Apocalipse, no qual encontramos as seguintes palavras: “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida eterna” (Apocalipse 2.10).

Essa mesma exortação é dirigida também a nós cristãos do século 21: jovens, velhos, crianças e adultos. Hoje não sofremos perseguições como nos tempos bíblicos. Ninguém de nós ainda foi preso por causa de sua fé. Mas nem por isso podemos ficar despreocupados. Hoje os perigos são outros.

Naquela época as perseguições visavam a vida da pessoa, matava-se o corpo. Hoje mata-se a alma. E a grande arma de Satanás é a sedução. Ele oferece a todos prazeres, vida fácil, solução para os seus problemas através da macumba, droga e feitiçaria. E, depois, quando a pessoa vai na sua conversa, ele exige a sua alma. Por isso a Bíblia nos adverte dizendo: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar. Resisti-lhe firmes na fé” (1 Pedro 5.8,9).

Quando Deus nos adverte contra os perigos do mundo, ele não está querendo o nosso mal, mas sim o nosso bem. Deus não é o tira-prazer de ninguém. Deus quer apenas a nossa felicidade eterna.

Muitas pessoas, quando ouvem falar de Cristo, o seguem com muita alegria. Mas com o passar do tempo vão se envolvendo com o mundo e perdem a sua fé. Quantas pessoas já não foram membros ativos na congregação, se deixaram levar pelo mundo e hoje não são nada. Isso acontece na nossa igreja, acontece nas outras igrejas e aconteceu também nos tempos bíblicos.

Não basta apenas se tornar cristão. É preciso continuar cristão, permanecer cristão, ser cristão sempre, até a morte.

Um jovem, muito cristão, foi ao baile. Queria ver o que se fazia lá. Lá pela meia noite estourou uma briga. E ele, levado pelas más companhias, havia tomado uns goles, quis dar uma de valentão. Resultado: levou um tiro na cara e morreu. Não foi fiel, e com a morte pode ter perdido a coroa da vida eterna.

Um senhor, chefe de família, também cristão, num momento de fraqueza, se envolveu com a mulher do vizinho. Um dia ele foi pego em flagrante e morto a paulada pelo marido dessa mulher. Não seguiu a recomendação de Jesus e perdeu a coroa da vida eterna.

Outro senhor, sempre ativo na igreja, por causa de problemas pessoais, começou a se afastar da igreja. Deixou de participar dos cultos, de ir a Santa Ceia e de ler a Bíblia. Um dia, na hora do culto, em lugar de ir para a igreja, foi dar um passeio. Na volta, meio embriagado, bateu o carro, morrendo na hora. Onde está ele agora, no céu? Será que não perdeu a coroa da vida eterna?

A pior coisa que pode acontecer a uma pessoa é perder a vida eterna. É uma perda irreparável. Pior do que perder a Copa do Mundo.

Os atletas gregos, nos jogos olímpicos, se preparavam durante anos a fio para conquistar uma coroa de flores. Hoje os corredores ganham um pouco mais do que flores. Ganham uma medalha de ouro.

O prêmio que Cristo promete ao vencedor na corrida à eternidade é muito mais do que uma coroa de flores ou uma medalha de ouro. É a coroa da vida eterna, o direito de morar com ele no céu. Vale à pena esforçar, permanecer fiel, para não perder esse prêmio.

Corramos, portanto, sempre firmes em direção à vida eterna, não olhando para o que os outros falam ou dizem de nós. Olhemos firmemente para Jesus, o autor e consumador da fé, do qual depende a nossa salvação, bem como forças para chegar à pátria celestial.

Que Deus nos mantenha fiéis na fé em Cristo Jesus até à morte e nos dê, na sua graça, a coroa da vida eterna.


Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil