sexta-feira, 23 de julho de 2010

CAMALEÕES DA MODA


O escritor americano Mark Twain conta que possuía um camaleão como animal de estimação. O camaleão é um animal parecido com um pequeno lagarto, que tem a capacidade de mudar de cor de acordo com os objetos que o cercam. Ele faz isso para se proteger, a fim de não ser percebido pelos seus inimigos naturais.

Certo dia o escritor levou o camaleão ao seu gabinete de trabalho e o colocou sobre o tapete floreado que havia no centro da sala. As cores do tapete impressionaram o animal. Ele nunca tinha visto tanta combinação de cores. Caminhando sobre o tapete, o camaleão mudava de cor constantemente. Ele queria se adaptar a todas as cores ao mesmo tempo. Subitamente o camaleão caiu e ficou imóvel no chão. Estava morto. Morreu de confusão, desespero e esgotamento físico, de tanto mudar de cor.

No mundo em que vivemos também nós somos pressionados a nos adaptar, conforme as cores da moda ou da onda do momento. Quem não se adapta, pensam muitos, pode ser ameaçado e até agredido. Em conseqüência disso, a nossa sociedade está cheia de camaleões. São pessoas sem personalidade e sem opinião, que se adaptam conforme as circunstâncias, como convêm ao momento.

O ser humano, porém, não pode querer adaptar-se a todas as modas, ondas e circunstâncias que se fazem presentes no mundo. Se quisermos sobreviver, precisamos resistir a muitas coisas. O apóstolo Paulo nos adverte, dizendo em Romanos, capítulo 12: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Como cristãos não podemos adaptar-nos a tudo e a todos. Deus, que nos salvou através de Jesus, deseja a nossa santificação. Vivamos, pois, de acordo com a vontade de Deus, e assim alcançaremos a vida eterna.

Lindolfo Pieper

Jaru, RO - Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

sexta-feira, 16 de julho de 2010

TUDO O QUE DEUS FAZ É BOM


Havia um rei que tinha como conselheiro um ministro. Este ministro, em toda e qualquer circunstância, sempre repetia a mesma coisa: “Tudo o que Deus faz é bom”.

Um dia o rei, por acaso, cortou fora um dedo da mão. Ele ficou muito aborrecido e foi se queixar com o ministro, perguntando por que Deus tinha permitido acontecer isso com ele. E o ministro, com toda a tranqüilidade, respondeu: “Tudo o que Deus faz é bom”.

O rei ficou muito irritado e decidiu castigar o ministro, prendendo-o na cadeia. Numa certa manhã, o rei que sempre costumava sair para caçar com o seu ministro, decidiu ir sozinho, mantendo o seu conselheiro preso.

Porém, na floresta ele foi capturado pelos índios selvagens, que decidiram oferecê-lo em sacrifício aos seus deuses. Ele então foi banhado e preparado para o sacrifício. No último momento, antes do ritual, investigando o seu corpo, os índios viram que ele estava incompleto: faltava um dedo em uma de suas mãos. Ele não podia ser oferecido em sacrifício, pois os deuses não aceitavam pessoas mutiladas. Decidiram então soltá-lo.

Se sentido aliviado, o rei voltou ao seu palácio. Soltou o seu ministro e lhe disse, agradecido: “Agora entendo o que você quer dizer ao afirmar sempre dizendo que tudo o que Deus faz é bom”.

E o rei então lhe contou toda a história, da aventura que havia passado quando estava nas mãos dos índios. Ele só não podia compreender porque Deus havia permitido que o seu ministro, que era tão temente a ele, fosse preso injustamente. E o ministro repetiu as mesmas palavras de sempre: “Tudo o que Deus faz é bom”.

Querendo uma explicação mais detalhada, o ministro acrescentou: “Eu sempre vou junto quando a vossa Majestade vai caçar na floresta. Desta vez não fui. Se eu o tivesse acompanhado, eu teria sido sacrificado pelos índios, pois eu tenho todos os dedos do meu corpo”.

Nem sempre é possível entender porque isso e aquilo acontecem conosco. Nem sempre é possível entender os caminhos de Deus. Mas, uma coisa é certa: tudo o que Deus faz é bom. Ele, em tudo o que acontece conosco visa sempre o nosso bem. Diz ele na sua Palavra: “Porque os meus pensamentos não sãos os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Isaías 55.8,9).

Por isso, mesmo não entendendo o porquê das coisas, devemos nos conformar sempre com a vontade de Deus, na certeza de que tudo o que ele faz é bom.

Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

quinta-feira, 8 de julho de 2010

BOLA MURCHA


Certo dia houve um jogo de futebol entre duas equipes no final de um campeonato. O estádio estava lotado, todos olhando para a bola. O juiz deu a saída e a platéia toda acompanhava atentamente para onde a bola ia, de um lado para o outro. E os jogadores correndo atrás.

Às vezes a bola ia para o lado do gol, e o goleiro a abraçava com todo o carinho. Outras vezes saía do campo, e alguém a jogava de volta com as mãos para o campo. Quando conseguia entrar no gol, o estádio todo tremia, de tanto a platéia gritar. E ela era então, com todo o carinho, levado para o meio de campo, onde parecia que começava tudo de novo.

E a bola estava orgulhosa, pois todo mundo só olhava para ela. Eram mais de oitenta mil pessoas.

De repente, alguém dá um chute e a bola estoura. Fica murcha. O juiz então se dirige a ela, pega-a com a mão e a joga para fora do campo, e a substitui por uma outra bola.

Ali, abandonada, a bola viu que não era nada, mas apenas um objeto qualquer, que todo mundo botava o pé para dar um chute. Sentia-se vazia e abandonada.

Às vezes pensamos que somos o centro do universo. Todos gostam de nós e fazem tudo para nos agradar. Tudo corre bem. É um sucesso atrás do outro.

De repente descobrimos que as coisas são bem diferentes. Somos pisados, chutados e, não demora, verificamos que aqueles que pareciam torcer por nós, desaparecem na hora do aperto. Sentimo-nos então como uma bola murcha: vazios, abandonados e desprezados. Ficamos com vontade de morrer.

Mas nem tudo está perdido. Porque existe alguém que se importa conosco. Deus, o Criador de todas as coisas, também de nossa vida, ele se importa com cada um de nós. Ele provou isso quando mandou o seu próprio Filho ao mundo para resolver o grande problema do ser humano, que é o pecado, que o separa de Deus e o torna infeliz.

Isto quer dizer que, se queremos ser salvos e encontrar um propósito para a vida, a única solução é arrependermos-nos dos nossos pecados e aceitar a Cristo como o nosso Salvador.

Com Cristo a nossa vida ganha um rumo, um propósito. Não ficamos mais como uma bola murcha, abandonados num canto. Mas sim, como uma bola cheia, admirados e queridos por todos, especialmente por aqueles que amam as coisas de Deus. Diz o Salvador Jesus: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10).


Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ONDE POSSO ENCONTRAR DEUS


Certo homem, recém-convertido ao cristianismo, tinha uma dúvida: onde está Deus? Ele havia aprendido que Deus está em toda parte, mas não conseguia compreender esta verdade. Ele queria saber de outras pessoas onde, afinal, estava o Criador.

Um astrólogo lhe disse que Deus estava nas estrelas. Um naturalista lhe garantiu que Deus estava na natureza. Um religioso lhe afirmou que Deus estava no semelhante. E um marinheiro lhe falou que Deus estava nas ondas do mar.

Estas respostas só aumentaram ainda mais a sua dúvida. Sentou-se no chão e começou a meditar sobre o que lhe haviam dito. Foi quando veio uma criança. Pensativo, ele lhe perguntou: “Diga-me, menina, você sabe onde está Deus?” “Sim, eu sei”, respondeu a menina. “Deus está aqui, ó!... dentro do meu coração!”

Emocionado, o homem se levantou, agradeceu à menina pela resposta e foi para casa. A sua busca terminara. “Como eu não havia pensado nisso antes?”, dizia ele para si mesmo.

Sim, Deus só podia estar no seu coração e, do coração, passar para a mente. De sua mente, então, ele poderia vê-lo nas estrelas, na natureza, no mar e no seu semelhante. Mas, primeiro Deus tinha que nascer, crescer e habitar no seu coração.

Sabendo e crendo que Deus estava nele e ele em Deus, aquele homem fez maravilhas, pois a sua boca passou a falar do que estava cheio o seu coração. Ele se alegrava, se consolava e se maravilhava em Deus, e repartia com os outros este tesouro que buscara com tanto esforço durante tanto tempo.

Diz o Senhor Deus: “Vocês vão me procurar e me achar, se me procurarem de todo o coração” (Jeremias 29.13). E Jesus acrescenta, dizendo: “Onde estiverem reunidos dois ou três em meu nome, ali estarei eu no meio deles” (Mateus 18.20).

Deus está em toda parte, no nosso coração e, de modo especial, na igreja, onde a sua palavra é anunciada clara e puramente e os santos sacramentos são administrados conforme a sua ordem. Pela fé em Cristo, através da sua Palavra, é possível encontrá-lo e ter comunhão com ele aqui nesta vida e um dia estar com ele face a face na glória celestial.


Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil