Numa gruta abandonada pelos homens havia quatro velas acesas. As velas falavam. A primeira vela dizia: “Sou a Paz. Sem mim o mundo seria desgraçado, todos se matando por nada. Ilumino o caminho do trabalho, da concórdia e do progresso”. Nisso, o vento entrou por uma fresta e apagou a vela da Paz.
A segunda vela também falou: “Sou a Fé. Sem mim a humanidade não valeria nada, seria um animal desnorteado, sem saber onde está e para onde vai. Ilumino a alma do homem, levando-o para o caminho de Deus e dos anjos”. Novamente o vento entrou por uma fresta e apagou a vela da Fé.
A terceira vela parecia a mais bonita, a que iluminava mais forte e mais longe: “Sou o amor. Sem mim os homens seriam vazios, não se compreenderiam, não saberiam o que fazer de si mesmos”. Mais uma vez o vento entrou e apagou a vela do Amor.
Sobrou a última vela, que parecia a mais modesta e inútil: “Sou a Esperança. Não devo valer muita coisa, nada faço materialmente, mas aqui estou, com uma vantagem sobre as demais: nenhum vento me apaga. E tem mais: como continuo brilhando aqui no meu canto, escondidinha e humilde, faço sempre o meu trabalho. Sem mim a escuridão seria total e eterna”. E dizendo isso a vela da Esperança acendeu as outras velas, passando a sua luz para a Paz, o Amor e a Fé.
Diz a Palavra de Deus: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor; estes três, porém o maior destes é o amor” (1 Coríntios 13.13).
Felizes são os que em meio às lutas e adversidades, em meio a doenças, fracassos e decepções, encontram forças para manterem vivos dentro de si a fé, a esperança e o amor.
A fé é uma força poderosa. Ela vem de um coração que crê em Jesus, que deu sua própria vida por causa de nossos pecados, que perdoa quem se arrepende e nele crê de coração.
A esperança também é uma força poderosa. Quando a esperança se vai, o que é que resta? Muitos caem logo no desespero. Quer dizer: quem não tem esperança acaba não mais confiando sua vida e seus problemas ao Senhor, porque já não mais espera pela sua ajuda.
E o amor? Somente o amor pode preencher os vazios que resultam dos sonhos não realizados e dos desejos não atingidos. Alguém disse certa vez: “Sempre que existe um vazio em sua vida, enche-o de amor”.
Que todas as velas fiquem acesas sempre, iluminando o nosso caminho e apontando para Cristo: o caminho, a verdade e a vida – somente através de quem podemos chegar a Deus.
Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil