domingo, 31 de janeiro de 2010

JULGAMENTO NA TEMPESTADE


Conta-se que certa vez sete trabalhadores de um lugar vizinho, ao voltarem da festa, foram apanhados por um forte temporal. Encontravam-se no alto de uma montanha. Procuraram abrigo dentro de uma capela. Os raios eram seguidos e os trovões estremeciam todo o lugar. Os homens, apavorados, esperaram. Porém, o temporal aumentava cada vez mais.

Repentinamente, um deles falou: “A tempestade está procurando uma vítima, um pecador. Um de nós deve ser o culpado e Deus quer castigá-lo”. Decidiram então colocar as suas bengalas fora da capela. A bengala de quem caísse na primeira trovoada seria o culpado.

Com o barulho do trovão, todos correram para fora e viram a bengala do senhor Pedro caída no chão. Este, pálido, ajuntou-a e seguiu os seus amigos. Porém, quando chegou à porta da capela, os amigos haviam-na trancada. Não adiantou bater, implorar. Ele fora julgado culpado, castigado por Deus.

Ele então resolveu enfrentar a tempestade e voltar para casa. No vale estava tudo calmo. Da montanha ouviam-se os estrondos dos raios e trovões. Os familiares dos outros lavradores esperaram em vão a volta deles.

Quando foram procurá-los, encontraram a capela em cinzas. Um raio causara o incêndio e os seus amigos morreram carbonizados. O que voltou para casa, porém, sobreviveu. O castigo veio, mas de forma diferente. Diz a Palavra de Deus no Evangelho de Mateus, capítulo 7, versículo 1 e 2: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também”.

Certa ocasião os judeus trouxeram a Jesus uma mulher adúltera, e disseram: “A lei ensina que ela deve ser morta, o que dizes tu?” Jesus respondeu, dizendo: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra”. Como ninguém lhe atirasse pedra, Jesus se dirigiu a ela, dizendo: “Nem eu tampouco te condeno. Vai, e não peques mais” (João 8.1-11).

Se Deus, em vez de julgar e condenar perdoa, por que vamos nós condenar o nosso semelhante, que é tão humano quanto nós?

O nosso Deus é um Deus de perdão. Deus não está interessado em condenar ninguém. A vontade de Deus é que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1 Timóteo 2.4). Por isso ele enviou Jesus ao mundo: para que todo o que nele crê não pereça no fogo do inferno, mas tenha a vida eterna.

Deus perdoou ao malfeitor na cruz, à prostituta Maria Madalena, ao publicano Zaqueu, ao perseguidor Saulo... E pode perdoar também a você, não importando o seu estado pecador. Ele apenas espera que você se arrependa dos seus pecados, confie em Cristo e procure andar nos seus caminhos.

Creia, pois em Cristo e viva conforme a sua vontade: que Deus o perdoará de todos os pecados e o receberá um dia no paraíso celestial.


Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil


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