sexta-feira, 15 de agosto de 2008

JESUS E A MARIA MADALENA


O delegado de polícia precisava de mais um investigador, e um candidato foi chamado para a entrevista. “Quanto é 1 mais 1?” começou o delegado. “Onze”, foi a resposta. O delegado pensou consigo mesmo: “Essa não é a resposta que eu queria, mas ele tem razão: 1 mais 1 de fato dá 11”.

E prosseguiu: “Quais são as letras iniciais dos dias da semana?” O candidato começou: “H, A”. O delegado logo o interrompeu: “Não tem nenhum dia da semana que começa com H e nem com A”. Ao que o candidato respondeu: “Tem, sim: Hoje e Amanhã”.

O delegado novamente ficou surpreso. Mas, enfim, o homem não estava totalmente errado, pois hoje e amanhã de fato iniciam com A e H. “Agora, ouça com atenção!”, disse o delegado: “Quem matou John Kennedy?” O candidato pensou, pensou, e finalmente admitiu: “Eu não sei”. O delegado respondeu: “Bem, então vá para casa e investigue este caso”.

O candidato saiu todo contente e disse, orgulhosamente, aos seus amigos que o aguardavam ansiosos lá fora: “A entrevista foi ótima! A minha vaga na delegacia está garantida! Primeiro dia de trabalho, e já estou trabalhando num assassinato de repercussão internacional”.

Parece que foi mais ou menos assim que Dan Brown, no Código Da Vinci e, mais recentemente, James Cameron, em A Tumba Perdida de Jesus, foram investigar a vida de Cristo. Assim como se sabe hoje quem matou John Kennedy, também se sabe com toda clareza tudo a respeito de Cristo, tanto da sua vida, como da sua morte e ressurreição. Está tudo registrado nas Escrituras Sagradas.

James Cameron, em A Tumba Perdida de Jesus, procura encontrar os restos mortais de Jesus, como ossos, cabelos e roupa. Se ele fosse procurar na Bíblia, ele teria encontrado com muita facilidade o relato de que Cristo não ficou na sepultura, mas que ele saiu de lá no terceiro dia e, que, como prova disso apareceu a muitas pessoas.

Dan Brown, no O Código Da Vinci, procura provar que Maria Madalena era a mulher de Jesus, com quem deixou filhos espalhados pelo mundo afora. Tudo isso baseado num quadro que Leonardo Da Vinci pintou.

Leonardo Da Vinci viveu nos tempos de Lutero, lá pelos anos de 1500. Ele pintou muitos quadros baseados em relatos bíblicos. Um destes quadros que ele pintou é A Última Ceia. Neste quadro Jesus aparece ao lado dos discípulos celebrando a Páscoa, uma festa judaica que lembrava a saída do povo de Israel do Egito, ocasião em que ele instituiu a Santa Ceia.

Dan Brown, examinando este quadro, diz que aquele personagem ao lado direito de Jesus, que parece ser o apóstolo João, é na verdade Maria Madalena. Dali ele tira várias conclusões, que até então só ele tinha percebido e que deixou muita gente intrigada.

No livro O Código Da Vinci, uma obra de ficção que depois foi transformado em filme, Dan Brawn aborda a vida de Jesus de uma maneira completamente antibíblica e questiona o cristianismo com falsificações grosseiras, fontes não confiáveis e fatos não comprovados, com o claro objetivo de negar a divindade de Cristo. Porém muitas pessoas, que em vez de acreditar no que a Bíblia diz preferem ir atrás de mentiras, estão indo na conversa de Dan Brawn, achando que tudo isso é verdade.

A Bíblia nunca escondeu nada, sempre procura dizer a verdade. A Bíblia podia ter omitido o adultério do rei Davi com Bate Seba, a briga do apóstolo Paulo com Pedro por causa da falsidade deste último e a mentira de Ananias e Safira que quiseram enganar a igreja com as suas ofertas. Mas não o fez porque ela sempre diz a verdade.

Assim também é com respeito à Maria Madalena. Se ela realmente fosse a mulher de Jesus, os evangelistas teriam relatado isso. Por que não?

Jesus era, além de Deus, um ser humano. Ele tinha todos os sentimentos que um ser humano pode ter. Se ele quisesse se casar, do ponto de vista bíblico não havia nenhum impedimento. Ele não se casou porque não quis, porque recebeu de Deus o dom da castidade.

Mas, logo com a Maria Madalena? Perguntam muitos. Mas qual o problema? Maria Madalena foi uma mulher da vida, porém deixou para trás a sua vida de pecados quando se converteu e começou a viver uma nova vida. A partir da sua conversão, Maria Madalena procurou ser uma fiel seguidora de Cristo. Ela sempre está entre o grupo de mulheres que estão auxiliando a Jesus, onde lhe era possível (Lucas 8.1-3). O fato de ela ser uma das primeiras a avistar Jesus depois da sua ressurreição mostra como ela era importante para Jesus (Marcos 16.9). Porém não foi somente a ela que Jesus apareceu; Jesus apareceu a muitas outras pessoas, tanto homens como mulheres.

Nós devemos ter muito cuidado para não acreditar em qualquer coisa, de ir atrás de tudo quanto é conversa ou invenção de homens. Ou nós somos cristãos e acreditamos naquilo que a Bíblia diz ou desistimos de ser cristãos e acreditamos em invenções humanas em lugar de acreditar na Bíblia.

Paulo foi um apóstolo de Cristo. Ele escreveu vários livros da Bíblia. Num desses livros, dirigindo-se a Timóteo, Paulo diz o seguinte: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste instruído, sabendo de quem aprendeste. E que desde a infância sabes as Sagras Letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Pois toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.14-16).

Conforme as palavras de Paulo, a Bíblia que Timóteo havia apreendido com a sua mãe e depois com ele, não era um livro qualquer, mas a própria Palavra de Deus. E como Palavra de Deus ela podia fazer uma coisa que nenhum outro livro pode fazer: torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.

Paulo sabia que aquilo que ele conhecia (o Antigo Testamento), como aquilo que estava sendo escrito (o Novo Testamento) não eram simples palavras de homens, mas do próprio Deus.

Embora homens a estivessem escrevendo, as palavras, os pensamentos e o conteúdo eram do Espírito Santo. Ele sabia disso porque, conforme diz o apóstolo Pedro: “Nenhuma profecia das Escrituras provém de particular elucidação: porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana. Entretanto, homens falaram movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.21,22).

O objetivo de James Cameron e Dan Brawn em querer mostrar que Jesus era casado, que teve filhos e que não ressuscitou dos mortos, é tentar negar a divindade de Cristo, de que Jesus era Deus, uma doutrina claramente ensinada pelas Escrituras Sagradas.

Quando alguém procura negar uma doutrina bíblica, claramente revelada pelo Espírito Santo nas Escrituras Sagradas, esta pessoa está cometendo uma blasfêmia, está correndo o risco de cometer o pecado contra o Espírito Santo, para o qual não há perdão.

Os judeus, quando viram certa vez Jesus fazendo milagres, em vez de admitir a divindade de Cristo, começaram a dizer que Jesus era o chefe dos demônios, por isso é que ele fazia esses milagres. Jesus então lhes adverte de que eles estavam cometendo um grande pecado para o qual não há perdão, que é pecado contra o Espírito Santo. Diz ele: “Todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mateus 12.31,32).

Jesus veio ao mundo para nos salvar de todos os pecados, da morte e do poder do diabo. Para isso ele tinha que ser verdadeiro Deus e ao mesmo tempo verdadeiro homem. Tinha que ser homem, pois Deus não pode morrer. Tinha que ser Deus, pois um ser humano não pode salvar outro ser humano, conforme dizem as Escrituras Sagradas: “Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate, pois a redenção da alma deles é caríssima” (Salmo 49.7). E o apóstolo Pedro acrescenta, dizendo: “Não foi mediante coisas corruptíveis, como ouro ou prata, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1.18,19).

A maneira que Deus estabeleceu para salvar a humanidade perdida, desde a criação do mundo, foi através da morte expiatória de Cristo. Fora de Cristo não há salvação. Diz o apóstolo Pedro: “Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).

Isto quer dizer que, se queremos ser salvos, a única solução é arrependermos-nos dos nossos pecados e aceitar a Cristo como o nosso Salvador. Sem isso não há remissão dos pecados, nem vida e nem salvação. Por isso diz o Salvador Jesus no final do evangelho de Marcos: “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado, será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Marcos 16.15,16).

Deixemos, pois de lado todas as histórias fantasiosas de pessoas mal-intencionadas e creiamos naquilo que a Bíblia diz, pois é preferível acreditar na Bíblia, que é a palavra infalível de Deus, do que acreditar nos ensinamentos dos homens.

Mesmo que o mundo zombe de nós e diga que somos tolos em acreditar naquilo que a Bíblia diz, nós continuamos a acreditar na Bíblia, pois ela é a palavra de Deus que nos diz donde viemos e para onde vamos: fomos criados por Deus e estamos a caminho dos céus.


Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil


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