domingo, 2 de maio de 2010

O AMOR E O EGOÍSMO


Um chinês quis saber do seu pai qual era a diferença entre o amor e o egoísmo. E o pai então lhe contou a seguinte história.

Havia certa vez um grande monte de arroz cozido e preparado como alimento. Ao redor dele havia muitos homens, quase morrendo de fome, não podiam se aproximar do monte de arroz. Mas possuíam longos palitos de dois metros de comprimento. Apanhavam o arroz, porém não conseguiam levá-lo para a própria boca, porque os palitos eram muito longos. E assim, famintos e moribundos, embora juntos, mas não solidários, permaneciam curtindo uma fome eterna, diante de uma fartura inesgotável. Isso, disse o pai, é o egoísmo.

Havia um outro monte de arroz cozido e preparado como alimento. Ao redor dele havia muitos homens famintos, mas cheios de vitalidade. Não podiam aproximar-se do monte de arroz, mas possuíam longos palitos de dois metros de comprimento. Apanhavam o arroz e, como não conseguiam levá-lo a sua própria boca, serviam-se uns aos outros. E assim matavam a sua fome, numa grande comunhão fraterna. Isso, concluiu o pai, é o amor.

Essa lenda chinesa, além de retratar a diferença entre o amor e o egoísmo, nos mostra ainda a excelência do amor. O apóstolo Paulo, que afirma ser o amor o maior de todos os dons, assim o descreve em 1 Coríntios, capítulo 13: “O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso e nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada. O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência”.

Num mundo faminto e sedento em que vivemos, onde reina egoísmo e avareza, procuremos colocar sempre em prático o amor, sendo solidários uns com os outros, a exemplo de Cristo.

Jesus, quando esteve aqui na terra, ele ajudou a todos. Ele curou os doentes, multiplicou pães, consolou os aflitos e acudiu aos necessitados. Ele disse certa vez: “Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de todos” (Mateus 20.28).

Os seus braços estendidos sobre a cruz, intercedendo pelos inimigos, é um retrato fiel da sua missão: dar vida ao mundo, a vida eterna. Por isso, numa outra ocasião ele afirmou: “Eu vim para dar vida, e vida em abundância” (João 10.10).

Que o exemplo de Jesus nos inspira a ser solidários uns com os outros, colocando em prática o amor que há em nós.

Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

sábado, 1 de maio de 2010

O AMOR DE MÃE


Quando começaram a remover as ruínas da Segunda Guerra Mundial, os trabalhadores se depararam nos porões de um prédio destruído, em München, Alemanha, com um quadro impressionante. O bombardeio havia rompido o encanamento de água e os refugiados, nos fundos deste porão, morreram afogados. E entre os mortos encontrava-se, bem ao fundo, o esqueleto de uma mãe erguendo nos braços o esqueleto do filho.

Era uma das mães desconhecidas que procurava salvar desesperadamente o seu filho das rajadas dos metralhadores e da água que enchia o esconderijo. O quadro dessa mãe, erguendo seu filho, é o retrato do amor de uma mãe.

O amor de mãe é o amor terreno mais bonito e perfeito que existe sobre a terra. Uma mãe é capaz de fazer tudo pelo seu filho, até mesmo dar a sua vida por ele. A mãe não se importa de passar noites acordada, cuidando do seu filho doente. Com carinho prepara a sua mamadeira e, depois de grande, ainda continua se preocupando com ele.

O amor de mãe é tão grande e tão bonito que chega a ser comparado na Bíblia com o próprio amor de Deus. Diz o Senhor no livro do profeta Isaías, capítulo 49, versículo 15: “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti”.

Em todo mundo, no espaço de apenas uma hora, realizam-se 1300 casamentos e 100 divórcios. Nesse mesmo período nascem 7200 crianças.

Tornar-se mãe é muito fácil. Mas ser mãe de fato é que é difícil. Não basta apenas o afeto natural de mãe para com o filho. Isso os animais também tem.

Para muitas mães os filhos são uns verdadeiros pesos, uma grande cruz. Passam o dia todo reclamando e xingando os seus filhos. A mãe cristã, no entanto, reconhece no filho um presente de Deus e desde cedo o procura educar no caminho do Senhor.

A grande missão da mulher é ser mãe. A mulher foi feita para guardar e dar vida. Deus conferiu à mãe uma alta dignidade e uma importante tarefa na família, na comunidade e na esfera social. Disse alguém: “A mão que embalo o berço é a mão que governa o mundo”.

Por trás de todo grande homem há uma grande mulher. Samuel não teria sido um grande profeta se não tivesse tido uma mãe como Ana. Tivemos que ter mães como Sara e Rebeca para vermos filhos como Isaque e Jacó. A mãe cristã é tão importante e marca tão profundamente a vida dos seus filhos que o próprio Jesus, nos últimos momentos de sua vida, pendurado na cruz, se lembrou de sua mãe.

A mãe cristã tem consciência do seu sagrado dever de ser colaboradora de Deus. Ela reconhece nos seus filhos uma grande bênção de Deus e se sente responsável pela educação e formação do lar.

Na China comunista Mão Tse Tung instituiu nas escolas o aprendizado obrigatório de armas de fogo. Ele deu às crianças armas de verdade para aprenderem desde cedo a se defenderem do perigo.

As mães cristãs têm o sagrado dever de ensinar desde pequenino aos seus filhos o uso da arma do espírito, que é a Palavra de Deus, para se defenderem do pecado. Ninguém pode se queixar se o seu filho se tornou ladrão, vagabundo ou viciado em drogas. Pois Deus nos deu uma arma para combater esses males, que é a sua Palavra.

O trabalho da mãe não é só construir para esta vida, mas para a eternidade. De que adiante vocês, mães, ensinarem aos seus filhos como viver bem aqui na terra se eles não sabem como ir para o céu? O preparo para esta vida é importante, porém mais importante ainda é o preparo para a eternidade.

Por isso, prezada mãe, não se preocupe apenas com o lado material dos seus filhos, mas também pelo seu lado espiritual. Leve-os sempre à igreja, leia diariamente a Bíblia com eles. Enfim: aproveite todas as oportunidades que você tiver para educar os seus filhos no caminho do Senhor. E você se sentirá recompensada – aqui e na eternidade.

Lindolfo Pieper

Jaru, RO – Brasil

Igreja Evangélica Luterana do Brasil