Um chinês quis saber do seu pai qual era a diferença entre o amor e o egoísmo. E o pai então lhe contou a seguinte história.
Havia certa vez um grande monte de arroz cozido e preparado como alimento. Ao redor dele havia muitos homens, quase morrendo de fome, não podiam se aproximar do monte de arroz. Mas possuíam longos palitos de dois metros de comprimento. Apanhavam o arroz, porém não conseguiam levá-lo para a própria boca, porque os palitos eram muito longos. E assim, famintos e moribundos, embora juntos, mas não solidários, permaneciam curtindo uma fome eterna, diante de uma fartura inesgotável. Isso, disse o pai, é o egoísmo.
Havia um outro monte de arroz cozido e preparado como alimento. Ao redor dele havia muitos homens famintos, mas cheios de vitalidade. Não podiam aproximar-se do monte de arroz, mas possuíam longos palitos de dois metros de comprimento. Apanhavam o arroz e, como não conseguiam levá-lo a sua própria boca, serviam-se uns aos outros. E assim matavam a sua fome, numa grande comunhão fraterna. Isso, concluiu o pai, é o amor.
Essa lenda chinesa, além de retratar a diferença entre o amor e o egoísmo, nos mostra ainda a excelência do amor. O apóstolo Paulo, que afirma ser o amor o maior de todos os dons, assim o descreve em 1 Coríntios, capítulo 13: “O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso e nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada. O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência”.
Num mundo faminto e sedento em que vivemos, onde reina egoísmo e avareza, procuremos colocar sempre em prático o amor, sendo solidários uns com os outros, a exemplo de Cristo.
Jesus, quando esteve aqui na terra, ele ajudou a todos. Ele curou os doentes, multiplicou pães, consolou os aflitos e acudiu aos necessitados. Ele disse certa vez: “Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de todos” (Mateus 20.28).
Os seus braços estendidos sobre a cruz, intercedendo pelos inimigos, é um retrato fiel da sua missão: dar vida ao mundo, a vida eterna. Por isso, numa outra ocasião ele afirmou: “Eu vim para dar vida, e vida em abundância” (João 10.10).
Que o exemplo de Jesus nos inspira a ser solidários uns com os outros, colocando em prática o amor que há em nós.
Lindolfo Pieper
Jaru, RO – Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil